segunda-feira, 27 de julho de 2009

não mais escravos


Silva era uma das escravas do Coronel Joaquino. Um dia, ela engravidou e deu à luz ao seu filho, José. Ela estava felicíssima por ter um filho, seu grande sonho, mas também entristecida porque sabia que por ela ser escrava, seu filho obrigatoriamente também seria escravo. Sentia-se culpada pelo sofrimento que seu filho certamente experimentaria. Mas por mais que ela quisesse, não havia nada que ela pudesse fazer para mudar aquela realidade.

José estava com quatorze anos e já havia sofrido muito na vida, quando o Coronel convocou todos os escravos. José, por sua pouca vivência, não sabia o que estava acontecendo. Mas sua mãe logo tratou de explicar ao filho o que estava para acontecer: os escravos seriam leiloados. Mãe e filho choraram e se abraçaram, pois sabiam que podia ser a última vez que estariam juntos.

Começava o leilão, e enquanto os coronéis compradores gritavam, discutiam e brigavam pelos melhores escravos – aqueles que eram mais jovens, fortes, e sem problemas físicos -, José notou um homem no canto do salão. Não se vestia como um coronel, e era o único presente que não disputava pelos melhores escravos. Como José sabia que não seria escolhido pelos que queriam os melhores escravos - apesar de jovem, José era muito magro e fraco, e ainda tinha uma perna e um braço com problemas -, resolveu observar aquele misterioso homem.

Depois que os melhores escravos já haviam sido leiloados, sobraram apenas os menos desejados, e José era um deles. Baixou a cabeça entristecido, para esperar ser comprado por um coronel pão-duro que daria uma mixaria de dinheiro por ele. Ouviu-se um profundo silêncio no salão; ninguém parecia nem um pouco interessado em dar o primeiro lance por José. Mas de repente, quebrando o silêncio, uma voz gritou:

- Eu dou mil barras de ouro pelo rapaz!

Espantado e ao mesmo tempo animado, José imediatamente levantou a cabeça para ver quem havia dado um lace maior do que os dados pelos melhores escravos, por um escravo desprezado pelos outros. Seus olhos encontraram os olhos do homem – o homem misterioso; aquele que não se vestia como um coronel e não havia demonstrado o menor interesse pelos melhores escravos, estava disposto a pagar um preço exuberante por um pobre escravo como José.

Obviamente, a reação das pessoas foi de total espanto e contrariedade. Ouviu-se todo tipo de comentário:

- Você está louco de oferecer tanto por um escravo inútil? Ele não é digno de tanto!

- O homem é um verdadeiro louco! Só pode ser louco!

- Como você pode pagar mais por um simples escravo do que o que foi pago pelos melhores?

Mas os comentários não pareciam afetar o homem. Ele permanecia firmemente em pé, imóvel, e com os olhos fixos em José; e os olhos de José fixos nos dele.

- Alguém dá mais?

- Eu dou mil e cem barras! – Berrou o Coronel Brito.

Não houve muito espanto por parte das pessoas dessa vez. Todos sabiam que o Coronel Brito, malvado e egoísta, queria sempre dar o último lance e comprar o maior número de escravos possível, mesmo que para isso tivesse que dar tanto por um simples escravo, que certamente o maltrataria muito no futuro.

Ao ouvir o lance do Coronel Brito, José se entristeceu profundamente, pois conhecia a sua fama. Ouviu-se novamente um profundo silêncio no salão, mas não por muito tempo, pois sem hesitar, o homem misterioso gritou:

- Eu dou duas, três, quatro, dez, cem mil barras! Dou quantas forem necessárias para ter aquele rapaz! E digo mais: se a única maneira de tê-lo for dando a minha própria vida por ele, eu darei!

Dessa vez o espanto foi ainda maior! Quem ainda tinha dúvidas, agora tinha certeza: aquele homem era um louco! Dar a sua própria vida por um escravo? Quem faria uma coisa dessas? Simplesmente não era possível!

Novamente os olhos de José encontraram os olhos do homem. Tinha em seu rosto um sorriso que ia de uma orelha a outra, e seu coração batia mais forte, cheio de alegria e paz.

- Puxa, esse homem realmente me quer! E ele está disposto a dar a sua vida por mim, um escravo! Uau! Não posso acreditar! – José pensava consigo mesmo.

O Coronel Bento calou-se. Não estava disposto a pagar um preço tão alto por um simples escravo.

E assim, José foi comprado pelo bom homem, pelo mais alto preço que podia ser pago. O homem abraçou José e lhe disse ao pé do ouvido:

- Você agora está livre José. Você é o meu filho, e eu sou seu pai. Você não será mais escravo, e viverá para sempre ao meu lado. Eu sou seu salvador.



Todos nós somos como José: nascemos escravos do pecado. Nascemos destinados à morte e à separação total de Deus. É isso que merecemos por sermos pecadores.

Vejamos o que diz a Bíblia:

“pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,...” (Rm 3:23)


“Pois o salário do pecado é a morte,...” (Rm 6:23)


Mas a Palavra continua e diz:

“...sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.” (Rm 3:24)

“...mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 6:23)

Como visto, o que merecemos por sermos pecadores é a morte e separação total de Deus. Mas da mesma forma que o homem salvou José da escravidão, Jesus Cristo quer nos salvar da escravidão do pecado. Por meio de Cristo, podemos ser justificados, voltando a ter acesso livre a Deus. E também por meio dEle, podemos ganhar acesso à vida eterna, sendo libertos da condenação da morte.

Como o homem, Jesus estava disposto a pagar qualquer preço para nos salvar. E o preço pago por Ele na cruz foi o maior de todos – a Sua própria vida.

"Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido." Lc 19:10

E se você quiser ser salvo também, basta apenas reconhecer que você é um pecador e está destinado à morte e separação total dEle, pedir para que Ele perdoe seus pecados, e aceitar a Cristo Jesus como o seu Salvador e Senhor.

E a partir do momento que aceitamos ser salvor por Cristo, ganhamos a libertação do pecado que já não pode mais nos condenar (Rm 8:1), e o presente da vida eterna com Aquele que nos comprou pagando o mais alto dos preços.

“Contudo, aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus...” (Jo 1:12)

5 comentários:

Kennedy Lucas disse...

Oi Gabi!
Muito obrigado pela visita e pelo comentário. Fico muito feliz em saber que você gosta do blog, é sério! Fico realmente feliz.

Parabens, seu blog tb é muito bom. Gostei mto e até virei "seguidor", hehe. Muito lindo seu post, vc escreve bem.

Anônimo disse...

Maravilhoso! Deus é maravilhoso! Como poderemos nós agradecer tudo o que tem nos feito? Não tem como.

Oro que Deus te use cada vez mais, Gabi. Com o talento que Ele te deu, faça a obra pra Ele.

Um beijo, querida!!

Fran - www.heiress.zip.net

Anônimo disse...

Que lindo, Gabi, eu amei seu post... apesar de não merecermos nada, de errarmos constantemente, ainda assim Deus nos quer... é algo simplesmente maravilhoso. Ontem, na igreja, lemos um salmo (se não me engano, o 51), onde Davi fala exatamente sobre isso, sobre como ele pecou e não merece nada da parte de Deus, mas ainda a assim Deus o perdoou. Esse é o nosso Deus, que nos dá força para seguir em frente, que é a nossa maior esperança! :)

Beijos..

Anônimo disse...

ps: Não vi nenhum post de selinho aqui no seu blog, então não sei se você curte isso; se você não quiser, não precisa postar, ok?

Mas eu te indiquei para um selinho que recebi entitulado 'Blog Lindo'; de fato seu blog é lindo não só na aparência, mas na mensagem; então quis te indicar. Se quiser postar, é só passar lá no meu blog e copiar...

Beijo! :)

Paulinha disse...

Olá Gabii! Obrigada pela sua visita em meu blog!!
Vi o seu perfil e com muita alegria quero dizer que amei saber que você é uma verdadeira cristã, que prioriza o Reino de Deus. AH, gostei também de saber que vc toca teclado, pois esse é um dos meus sonhos.
Seja sempre bem vinda em meu espaço, irmãzinha!
Beijos!